quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Desconfiai dos falsos profetas

É útil em todos os tempos essa recomendação, mas, sobretudo, nos momentos de transição em que, como no actua, se elabora uma transformação da Humanidade, porque, então, uma multidão de ambiciosos e intrigantes se arvoram em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar em guarda, correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar. Perguntareis, sem dúvida, como reconhecê-los. Aqui tendes o que os assinala:

Somente a um hábil general, capaz de o dirigir, se confia o comando de um exército. Julgais que Deus seja menos prudente do que os homens? Ficai certos de que só confia missões importantes aos que ele sabe capazes de as cumprir, porquanto as grandes missões são fardos pesados que esmagariam o homem carente de forças para carregá-los. Em todas as coisas, o mestre há de sempre saber mais do que o discípulo; para fazer que a Humanidade avance moralmente e intelectualmente, são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade. Por isso, para essas missões são sempre escolhidos Espíritos já adiantados, que fizeram suas provas noutras existências, visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm de actuar, nula lhes resultaria a acção. Isto posto, haveis de concluir que o verdadeiro missionário de Deus tem de justificar, pela sua superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza, pelo resultado e pela influência moralizadora de suas obras, a missão de que se diz portador.

Tirai também esta outra consequência: se, pelo seu carácter, pelas suas virtudes, pela sua inteligência, ele se mostra abaixo do papel com que se apresente, ou da personagem sob cujo nome se coloca, mais não é do que um histrião de baixo estofo, que nem sequer sabe imitar o modelo que escolheu.

Outra consideração: os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte; desempenham a missão a que foram chamados pela força do génio que possuem, secundado pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado, mas sem desígnio premeditado.

Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por seus actos, são adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dão, eles próprios, como enviados de Deus. O primeiro é humilde e modesto; o segundo, orgulhoso e cheio de si, fala com altivez e, como todos os mendazes, parece sempre temeroso de que não lhe dêem crédito.

Alguns desses impostores têm havido, pretendendo passar por apóstolos do Cristo, outros pelo próprio Cristo, e, para vergonha da Humanidade, hão encontrado pessoas assaz crédulas que lhes crêem nas torpezas. Entretanto, uma ponderação bem simples seria bastante a abrir os olhos do mais cego, a de que se o Cristo reencarnasse na Terra, viria com todo o seu poder e todas as suas virtudes, a menos se admitisse, o que fora absurdo, que houvesse degenerado. Ora, do mesmo modo que, se tirardes a Deus um só de seus atributos, já não tereis Deus, se tirardes uma só de suas virtudes ao Cristo, já não mais o tereis. Possuem todas as suas virtudes os que se dão como sendo o Cristo? Essa a questão. Observai-os, perscrutai-lhes as ideias e os actos e reconhecereis que, acima de tudo, lhes faltam as qualidades distintivas do Cristo: a humildade e a caridade, sobejando-lhes as que o Cristo não tinha: a cupidez e o orgulho. Notai, ao demais, que neste momento há, em vários países, muitos pretensos Cristos, como há muitos pretensos Elias, muitos S. João ou S. Pedro e que não é absolutamente possível sejam verdadeiros todos. Tende como certo que são apenas criaturas que exploram a credulidade dos outros e acham cómodo viver à custa dos que lhes prestam ouvidos.

Desconfiai, pois, dos falsos profetas, máxima numa época de renovação, qual a presente, porque muitos impostores se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfazer na Terra à sua vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos. – Erasto. (Paris, 1862.)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Santa Rita - a profecia

A profecia é um dom que todos o podem ter, é o dom da caridade que só o dou a quem o merecer, muitos vêm aqui e têm medo de sofrer, de falar aquilo que eu digo, porque podem por mim padecer, podem falar alto mas têm medo de o fazer, porque todos os crentes sofrem desde que acreditem naquilo que eu vou dizer, não tenham medo de sofrer, Deus também sofreu e eu sofri também, mesmo assim nunca me calei de divulgar aquilo que o Pai mandou fazer, tudo fiz, continuo a fazer para que todos possam em mim querer, ouvir, divulgar, toda a minha obra, é a consolação dos pobres, mas mesmo assim, fui martirizada, por muitos que não acreditaram que o Pai me ensinou a ter amor, caridade e paciência com todos os outros, dou a salvação, dou o amor próprio, dou tudo o que tenho de bom, apenas a quem merece, mesmo assim quem não merece também faço para que o possam merecer, é, só com razão que consigo fazer as orações que vem do alto que vocês podem todos orar por mim, por todos aqueles que convosco estão, fazei isso e nunca, nunca vos esqueceis que o amor eterno é aquele que vem do Alto e não aquele que muitos divulgam, não sabem o que fazer. Eu sou aquela que tanta gente vê sofrer, que quero continuar do lado para poder ajudar todos aqueles que estão presentes, não presentes do meu lado do outro lado, eu sou a salvação, das coisas que muitos não podem fazer, me peçam eu atendo com oração e com vosso merecer, eu sou Cássia, estou presente, a luz é o meu divino amor do Mestre do Pai me dá em favor de todos aqueles que o vão merecendo, sou a luz que vem do Alto, a razão do meu viver, nunca pensei, nem vou pensar em tudo o que sofri por amor de Deus, eu tenho que poder estar em todos os lugares onde sou sempre lembrada com amor por todos vós, eu vou pedir do fundo do meu espírito por vós, ao Pai redentor. Rita

Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia, fora baptizada com o nome de Margherita, apelidada de Rita

Nasceu a 22 de Maio de 1381 em Rocca Porena, região de Cássia, na província da Úmbria, no centro da Itália.

Morreu a 22 de Maio de 1457
O seu corpo conserva-se incorruptível




Foi mãe, viúva e religiosa

O povo lhe deu o nome de " Santa das Causas Impossíveis"

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Padre Moura - espera duma palavra amiga

Eu sou aquele que vos procura, que vos ajuda e tento ajudar também os que me procuram, passam por aqui muitos, uns mais esclarecidos do que outros, tento ajudar tudo da mesma forma a uns é mais fácil entender e os outros demora mais para que eles possam perceber que somos todos iguais a diferença está naquilo que eles fizeram por aquilo que passaram e nunca souberam sentir que existe sempre quem nos possa ajudar, tanto ajudo de um lado como do outro é preciso orar e acreditar que nós estamos sempre prontos para ajudar, embora muitos me visitem mas ainda não estão preparados para sentir à volta que ainda há espíritos encarnados que nos tentam afastar daquilo e por aquilo que me vêm procurar, nesse momento é preciso ser forte, porque eles também nos estão a testar, não se devem é levantar sem acabar de orar, devemos orar e pedir pelos outros que mesmo ao lado nos testam, para ver até onde vai a nossa fé, assim puseram aqui este ser humano para fazer desacreditar todos os que por aqui passam, muitos consegue ultrapassar, outros são aqueles que mal vê já não conseguem aqui entrar, outros encurtam a sua oração, não façam isso, fique o tempo que for necessário não os deixem se apoderar da vossa alma e peçam por eles para que eles possam também ser ajudados, é, aqueles que vivem no alto têm tudo, tudo e nada é deles, só lhes resta o que têm de bom na alma, os rios correm e levam o bom ou mau e nós só conseguimos ver a água a passar. Vamos orar, por todos aqueles que também oram por nós e vamos orar por aqueles que estão em frente a nós, vêm pedir, nem sabem por donde começar, são tantos a entrar, tantos a entrar que o lugar já se torna pequeno vamos orar por todos eles e nunca pensar que o tempo é pouco, para orar é qualquer sitio e lugar se pode orar, muitos estão sentados naqueles bancos e são conduzidos pelo homem muita das vezes precisa que ele conto mas está sempre ansioso por terminar, é, mas todos o oneram aquele senhor advogado só por ai os outros não são, mas têm o melhor, nós nos podemos dar, é ajuda divina, eles conseguem tudo fazer, ainda agora vamos ajudar a operar um irmão da vossa casa de oração que vai ser operado não pela mão do homem, mas sim pela mão de Deus, todos nós vamos ajudar, para que as pessoas possam acreditar que nós aqui deste lado ainda vos conseguimos ajudar, vamos orar e esperar, só depois as melhoras que ele vai apresentar é que vocês vão ver que ele foi ajudado, sentados naqueles bancos, vocês estão sempre a pedir para que possam ser ajudados, então eu venho para vos dizer que a ajuda é dada que eu estou pronto para ajudar, estivestes aqui, esse foi pedido, ajuda, interrompidos fosteis por um ser humano que precisa de ser ajudado, quando ela entra, vem rodeada não só de um, mas de muitos que a perturbam aqueles que entram com fé, não se deixem perturbar, fiquem em paz orem o que têm a orar e esqueçam aqueles que não vos querem deixar, mesmo assim orem para que eles fiquem em paz para que partam e tentamos ajudar para que eles subam direitos para o mesmo lugar, venham sempre que puderem, eu estou sempre à espera duma palavra amiga, eu encontro-me aqui, minha alma permanece para ajudar todos aqueles que procuram e merecem, tentar ajudar os outros que vêm de rastos e chegam aqui não se conseguem levantar, para vos tentar a todos ajudar com oração que o Pai nos deixou ficar, padre Moura estou pronto para vos ajudar a orar.


Pai, perdoa a todos os pecadores, Pai leva a nossa oração até ti, és o poderoso, és o senhor de tudo, perdoa-nos, somos pobres de espírito, ajuda-nos a enfrentar todos os males que nos perseguem dando-nos aquilo que entenderes, que nós possamos merecer, ajuda divina e tudo que nós precisamos para poder ultrapassar todas estas maldades do mundo, obrigado Pai.

Padre Moura

José dos Santos Ferreira Moura


Nasceu no lugar de Ervedosa, da freguesia de S. Pedro da Cova, concelho de Gondomar a 29 de Abril de 1839

Morreu a 6 de Junho de 1887


Abade da freguesia de São João da Foz do Douro

Devido a obras no cemitério no ano de 1924, descobriu-se que o corpo estava bem conservado.

A urna com o corpo exposto está colocada num mausoléu do cemitério da Foz do Douro

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Batuíra - Só conheci Águas Santas

Todos me ouvem despertar em oração, uns ouvem, outros não, os que me ouvem estão com atenção os que não ouvem serão preparados para que um dia possam ouvir aquilo que nós estamos a falar é simples é só orar, pedistes para eu vir, tens muitas questões para perguntar, aqui estou eu para responder aquilo que eu poder falar, muitos procuram, procuram, procuram e tanto querem saber da minha vida, não sei qual o interesse. Fazem perguntas, procuram, falam, e o que devem fazer, não fazem, só palavras, palavras, palavras e eu pergunto, para quê? Se orassem mais em vez de querer saber, mas não, a vida só interessa quando estamos preparados para poder seguir, é aquilo que eu fui, serem o meu exemplo do que eu fiz do que continuo a fazer, é dar sem receber, mas não, só procuram saber, mas sem a intenção de procurar ver o que eu fiz e o que eu tenho, ainda tenho para fazer, repartir como eu reparti, porquê? Tudo têm, ainda se perguntam o que devem fazer àquilo como possuem, tantas coisas guardam, outras deitam fora e tantas casas á para as distribuir, há casas que estão à espera daquilo que não vos servem eu digo-vos algumas, são tantas, tantas crianças à espera, Padre Américo, Padre Cruz, há obras, orfanatos, tudo espera por aquilo que vos sobra, é como comer uma laranja e dar apenas um gomo, já é repartir o que é preciso é saber repartir mas muitos não entendem muitos só querem é saber, saber, pesquisam, só para entreter mas o que vai dentro da alma não corresponde àquilo que falam, falam da mensagem daquilo que não são, que importa o que está por fora, são mais importante o que está na alma, se assim não for, nada importa o importante é salvar a alma.


[…] Estive, vivi, não foram muitos anos, eu era pequeno, vim de uma outra aldeia, mas foi ali que eu permaneci e foi a que eu conheci, a partir daí, parti à aventura.

[…] É, não me lembro, parti muito jovem, só conheci Águas Santas, onde estás a falar eram meus pais.

[…] Não, não resta ninguém, parti.

[…] Está, tá, mas não vejo mais nada que me possa pertencer, apenas alguns dos caminhos que eu percorri, toda a minha juventude foi muito mais daí, foi onde eu cresci aonde aprendi, aonde me ensinaram o que fui, e o que sou.

[…] Andei mas já não existe, já lá vão tantos anos, já não existe nem o lugar.

[…] És um homem crente, tens que aprender a saber esperar, tudo o que se deseja mais tarde ou mais cedo podeis encontrar, a necessidade em saber aquilo que vos aguarda, não te posso responder. É a lei divina que nos vai dando conforme o nosso merecimento, vai-nos distribuindo por todos um bocado para um lado e para o outro mediante aquilo a que nós temos direito, bom ou mau é assim que nós temos que receber e não nos indignarmos com aquilo que nos dão saber aproveitar, tudo é bom, tudo nos vai ensinando nos vai ajudando a perceber, nem só o bom é bom, umas coisas más com o tempo com oração também se podem tornar árvores boas e com frutos bons, temos é que nos preparar, orar e perdoar é só isto, quem muito fala já pensam que são grandes sábios, onde está a humildade? Não têm, só têm conversa, conversa e o resto? Onde está? Onde colocaram? Mostrai que nem só de conversa vive o homem, é preciso obras, a obra maior é a oração, mas podemos começar por pequenas pedras, pomos uma encima da outra e à medida que o muro vai subindo vamos colocando uma maior que outra até chegarmos ao alto é difícil eu sei, custa muito também mas mais vale a humildade e conseguir, do que falar, falar, falar, as palavras leva-as o vento e o que fica? Fica na alma nosso pensamento é de nos erguermos juntos todos num grupo e dizer bendito seja o que nos trouxe para ter ao pai, esta é a árvore da vida.